Confesso estar aturdido pela quantidade de literatura que se publica e as horas de discussão dedicadas a demonizar o novo populismo nacionalista e a seus dirigentes. Sabemos existência, milagres, perversões e psicologia dos novos líderes populistas. Mas, no tempo em que não dediquemos semelhante ou mais do empenho pra compreender as causas que promovem, assim como este seus medicamentos, a tentação populista permanecerá aninhando em nossas democracias. O populismo político não é como a cana-de-açúcar em Cuba, que cresce sem que possa ser vital plantarla. A planta do populismo político requer um terreno social assinantes para o teu progresso. Nesse ambiente existe agora, em nossas sociedades.
Como ocorre com cada outra necessidade humana, toda a procura acaba encontrando a tua oferta. Os partidos usuais não têm sabido reconhecer ou responder a essa demanda com uma oferta adequada de políticas econômicas e sociais. Pelo oposto, os líderes populistas têm melhor olfato para notar a aflição das classes médias. Por que nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, não houve populismo nacionalista como se houve no tempo anterior, na fase de entre guerras e a Grande Depressão?
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a resposta A esta questão permite compreender por que nesta hora voltamos a desafiar o mesmo dificuldade. O pós-briga foi a data do surgimento da classe média e da extensão da democracia. Estas duas realidades andam de mãos dadas: se enfraquece a categoria média solapa as bases sociais da democracia.
Essas classes médias surgiram da industrialização e do contrato social do pós-guerra. A industrialização trouxe bons empregos com salários decentes. Essa sensacional distribuição de renda que veio da industrialização foi complementada pela redistribuição que trouxe o novo contrato social.
Aqueles que lhes seria melhor com a economia comprometeram-se a pagar impostos para fazer com que ninguém ficasse pra trás em gozo de prosperidade. Além dos impostos, os instrumentos dessa redistribuição foram 4 grandes políticas públicas: educação, saúde, previdência e habitação.
Distribuição e redistribuição de renda a começar por impostos e encargos sociais montaram as condições pra idade de ouro da classe média. E como as sociedades mais parecidos funcionam melhor em todos os sentidos, com as classes médias se fortaleceu a democracia. Algo começou, todavia, a quebrar a finais dos anos setenta. Primeiro foi a desindustrialização.
Afetou sobretudo as cidades pequenas e médias. Com o desemprego veio não apenas a deterioração do bem-estar, todavia a perda de dignidade das classes médias. Porque é o trabalho que confere dignidade às pessoas. Os governos não responderam à desindustrialização com políticas industriais e regionais adequadas.